Polícia fecha clínica clandestina que internava pacientes à força em Nova Alvorada do Sul
Nove pacientes foram resgatados e afirmaram que estavam lá contra a própria vontade
| MIDIAMAX/FáBIO ORUê
A Polícia Civil e a Defensoria Pública fechou na noite desta sexta-feira (13) uma clínica clandestina que atendia dependentes químicos e os mantinha internados à força, em Nova Alvorada do Sul.
Denúncias de que as pessoas estavam sendo mantidas contra a vontade dentro da unidade levaram a polícia até lá, conforme o Alvorada Informa. Durante a batida, responsável pelo local disse que ali funcionava uma ‘comunidade terapêutica’ e que ninguém era internado ou mantido à força.
Entretanto, o empreendimento funcionava de forma irregular, já que não tem autorização judicial ou licença válida para funcionamento.
Durante a vistoria, ao menos nove internos foram encontrados e relataram que estavam sendo mantidos no local contra a própria vontade.
Todos foram resgatado e encaminhados para atendimento especializado. Após os cuidados iniciais, deverão ser reintegrados ao convívio familiar. A Polícia Civil vai investigar o local.
Clínica em Campo Grande
Três dias após o Jornal Midiamax denunciar a continuidade da Comunidade Terapêutica Filhos de Maria, em Campo Grande, operação envolvendo polícia e Defensoria Pública amanheceu no espaço localizado na Chácara dos Poderes, nesta quinta-feira (12). Porém, não encontrou ninguém.
Os pacientes ali internados na última segunda-feira (9), bem como funcionários que conversaram com a equipe do Jornal Midiamax, não estavam mais na chácara onde funciona a clínica. Apenas funcionários que executam uma obra de reforma.
Acontece que nesta semana, após a publicação da reportagem, homem que se intitulava filho do dono, ligou para o jornal e desferiu acusações. Na oportunidade, marcou uma entrevista com a equipe, mas não compareceu.
- Defensoria faz ‘batida’ em clínica terapêutica que funcionava após interdição e não encontra ninguém
A Filhos de Maria foi interditada em outubro de 2024 e, mesmo após as denúncias, voltou à ativa, no mesmo endereço, porém com nome diferente. A comunidade é investigada por práticas de maus-tratos aos pacientes.